terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um homem na estrada
Racionais Mc s

Um homem na estrada recomeça sua vida.
Sua finalidade: a sua liberdade.
Que foi perdida, subtraída;
e quer provar a si mesmo que realmente mudou que se recuperou e quer viver em paz, não olhar
para trás, dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não.
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então. Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim.
Muitos morreram sim, sonhando alto assim, me digam quem é feliz, quem não se desespera, vendo
nascer seu filho no berço da miséria.
Um lugar onde só tinham como atração, o bar, e o candomblé pra se tomar a benção.
Esse é o palco da história que por mim será contada.
um homem na estrada.

Equilibrado num barranco incômodo, mal acabado e sujo, porém, seu único lar, seu bem e seu
refúgio.
Um cheiro horrível de esgoto no quintal, por cima ou por baixo, se chover será fatal.
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou.
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou. Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas.
Logo depois esqueceram...

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Essa realidade é brasileira. Apesar de a mídia mostrar os avanços na economia. Esses números não se traduzem em desenvolvimento humano. Esse é o Brasil de contrastes.

Professora Antonia Melo.

Um comentário:

  1. Prezada Professora,
    admiro sua luta contra a Usina de Belo Monte. Estou muito triste com o que vai acontecer com o maravilhoso rio Xingu, caso o governo de Brasília não se sensibilize com a vontade soberana do povo e não acorde a tempo para ver a barbaridade que seria a instalação de uma usina hidrelétrica em pleno rio Xingu. Nunca jamais se pensou que alguém teria, sequer, a idéia de plantar uma hidrelétrica no grandioso rio da Amazônia. Fico torcendo para que os grupos indígenas e os ribeirinhos lutem bastante para não permitir esse crime contra o rio, que, além de tudo é sustento deles. Não desista da luta, façam abaixo assinado para correr pelo Brasil inteiro. O povo não quer que a Amazônia sofra ainda mais com hidrelétricas, sendo que há outras energias limpas que podem evitar a construção de novas hidrelétricas ou termoelétricas. Quem quer tais obras são políticos, empreiteiras e pessoas que não têm sensibilidade para com a preservação da Natureza. Abs, Lucila

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